Com a chegada dos Santos Populares o consumo de sardinha aumenta, fazendo parte da tradição, nesta altura do ano. A sardinha é um peixe de água salgada e é nos meses de junho a outubro que apresenta maior teor em gordura.
A sardinha apresenta vários benefícios nutricionais, dos quais destacamos:
- Rica em ácidos gordos, ómega-3, benéficos para a saúde cardiovascular. Estes ajudam a baixar os níveis de LDL-colesterol (“mau colesterol”), elevar os níveis de HDL-colesterol (“bom colesterol”), melhoram a tensão arterial, coagulação sanguínea, resposta imune e reações inflamatórias. Assim, os ácidos gordos polinsaturados ajudam a diminuir o risco de doença cardiovascular e hipertensão;
- Rica em proteínas de elevado valor biológico e fácil digestão, pelo que ajuda a satisfazer as necessidades proteicas de uma forma mais eficaz e saudável;
- Fonte de zinco, benéfico para o sistema imunitário e função reprodutiva.
- Fonte de ferro, importante para a formação dos glóbulos vermelhos, transporte do oxigénio no sangue e produção de componentes essenciais, como hormonas e colagénio.
- Fonte de cálcio melhorando o desenvolvimento ósseo;
- Fonte de vitaminas D e B12 importantes para o crescimento e divisão das células e, em conjunto com o ácido fólico, ajuda na formação de glóbulos vermelhos.
Benefícios para as mulheres:
A sardinha é ainda uma boa fonte de zinco para as mulheres, bem como de cobre, necessário para a formação de hemoglobina e de colagénio, substância utilizada para a estrutura da proteína e para a reparação de tecidos no corpo. Algumas das enzimas que contêm cobre também contribuem para a defesa do organismo contra os radicais livres, retardando os efeitos do envelhecimento.
Na gravidez
Durante a gravidez, a necessidade de mais nutrientes é maior. As mulheres grávidas devem, portanto, fazer o mais possível para garantir uma dieta variada. De acordo com os nutricionistas, as sardinhas representam uma excelente fonte de cálcio, vitamina D e ferro, três nutrientes essenciais para a saúde da mãe e do feto. Além disso, o elevado conteúdo de ómega-3 e de ácidos gordos presentes nas sardinhas permite o desenvolvimento neurológico do feto. Se somarmos a isso o seu elevado teor de proteínas, obtém-se um excelente alimento para comer durante a gravidez.
No entanto, os peixes gordos são desaconselhados para pessoas que sofram de níveis elevados de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) ou gota, devido ao seu elevado teor em purinas, que no organismo são transformadas em ácido úrico. Se a sardinha viver em águas poluídas, a gordura armazena alguns contaminantes que, a longo prazo, podem ser prejudiciais à saúde.
Na eventualidade de necessitar temos ao dispor a Especialidade de Nutricionismo na sede da Instituição.
in “http://www.apn.org.pt/documentos/guias/Sardinha_a_Lupa_Final.pdf“