22
Set

porque há momentos que marcam

IMG_4824

Porque há momentos que nos marcam, eis algumas das palavras deixadas pelo nosso Presidente da Direção | Dr. José Miguel Gomes no nosso almoço comemorativo dos 120 anos da nossa Instituição:

(…)

Queria começar por agradecer a presença de todos vós nesta comemoração do 120º aniversário da Associação Mutualista de Arcozelo e em especial à presença da Professora Elisa Cidade, vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, em representação do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, Prof Doutor Eduardo Vitor Rodrigues, Dr. Nuno Chaves, presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo, Dr. Luís Alberto Silva, presidente da UMP, ao Sr. Padre Branco, e por fim aos representantes das várias associações mutualistas, aos presidentes de junta, e aos demais convidados, que aceitaram o nosso convite, para celebrarem connosco o aniversário da nossa mutualidade.

Também não poderia de deixar de agradecer à equipa que trabalhou na organização deste evento, que foram incansáveis para nos proporcionarem este agradável convívio e também aos profissionais de saúde e colaboradores da Associação Mutualista de Arcozelo, que todos os dias se dedicam à nossa missão.

É por isso gratificante podermos juntar neste salão cerca de 300 mutualistas, que são a prova viva deste movimento que conta com 1 milhão de associados e de 2,5 milhões de beneficiários. Somos por isso também, os responsáveis pela longevidade destas instituições, que na sua maioria são igualmente centenárias.

A Associação Mutualista de Arcozelo, conta atualmente com cerca 7.000 beneficiários e com cerca de 6.200 associados, tornando-se na associação com maior número de associados na freguesia de Arcozelo. A área de atuação destas instituições privilegia a área da Saúde, através de serviços de cuidados primários de clinica geral, enfermagem e de especialidade médica, entre outras áreas complementares a estas, como é o caso das farmácias sociais. Na Associação

Mutualista de Arcozelo, em 2016 foram praticados cerca de 22.000 atos de clinica geral, 12.600 atos de enfermagem e atendemos em média 2.700 associados em consultas de especialidade médica. Temos por isso a consciência que somos enquanto mutualidade um bom apoio ao SNS, que por vezes é ineficiente e insuficiente para tratar dos casos de saúde da população dentro do menor curto espaço de tempo e em horário bastante alargado.

Queremos também continuar a crescer, quer em termos de serviços, quer também em termos de massa associativa, pois o movimento mutualista tem como seu principal pilar a ajuda mutua, através da disponibilização aos seus associados das respostas necessárias às carências que a população nos apresenta. Quanto mais associados uma instituição tiver, mais e melhores respostas podemos dar, sem haver descriminação em termos sociais e materiais.

Os excedentes serão aplicados em respostas sociais para servirem os associados, sem que estes tenham que subscrever produtos que são criados em função dos serviços disponibilizados, tendo por base o prémio de seguro. Estou por isso a tentar equiparar os serviços que as associações congéneres à nossa prestam aos seus associados, com os serviços que uma qualquer companhia de seguros coloca à disposição dos seus clientes, através do pagamento de um prémio de seguro. Não é por isso comparável. Não porque as companhias de seguros prestam mais e melhores serviços que as associações mutualistas, mas sim porque, as mutualidades conseguem prestar os mesmos serviços de saúde com uma contrapartida financeira bastante menor. Isto só é possível porque no movimento mutualista preocupamo-nos muito com o próximo, queremos contribuir para que todos tenham as mesmas condições de acesso à saúde, sem haver o condicionalismo da robustez financeira.

Arrisco-me a dizer que todas as mutualidades desempenham este papel na sociedade sem terem um apoio estatal, sem estarmos dependentes de verbas oriundas de um orçamento de estado para que possamos prestar os serviços que nos preparamos para disponibilizar aos nossos associados. Temos sido por isso autónomos da gestão governamental, mas que consideramos que poderíamos em certas localidades deste Portugal desigual, no que toca a serviços de cuidados de saúde primários, sermos mais uteis. Claro é que por muita capacidade que demonstramos ter ao longo de mais de um seculo do movimento mutualista, ainda não temos o dom da ubiquidade, ou omnipresença.

Mas o desafio continua, tratar bem de quem de nós precisa, e para isso seremos mutualistas nesse apoio.

Esta cerimónia não teria significado se não nos lembrássemos dos associados que há mais de meio século, prosseguem tudo aquilo que acabei de referir acerca do Ser Mutualista. Temos nesta sala 76 associados que há mais de 50 anos contribuem para que a Associação Mutualista de Arcozelo, seja hoje uma instituição útil para cerca de 7.000 pessoas no que toca a cuidados primários de saúde. Um bem-haja a todos vós. Peço uma grande salva de palmas para estas Senhoras e Senhores…

Obrigado!

(…)