Damos a conhecer a edição de abril da revista INFO da União das Mutualidades Portuguesas, onde o Presidente do Conselho de Administração da Associação fala sobre o impacto da pandemia COVID-19 na nossa Instituição e como esta se reinventou para superar todas as dificuldades.
A Associação Mutualista de Arcozelo também não esconde as dificuldades que a pandemia suscitou. A instituição dedica 98% da sua atividade à área da Saúde e, perante indicadores tão agressivos, relativamente ao impacto do Coronavírus no país e no mundo, as campainhas soaram.
A Direção tinha acabado de alargar a sua atividade, arrendando mais um espaço para instalação de mais uma estrutura clínica e a pandemia acabou por obrigar a atrasar todas as obras. “Este foi o nosso primeiro grande embate” – admite José Miguel, presidente do Conselho de Administração da Associação Mutualista de Arcozelo. Imediatamente a seguir, percebeu-se que a Covid-19 poderia provocar uma espécie de revolução.
Percebendo que os índices de transmissibilidade do vírus eram gigantes, logo se tornou necessário reformular todo o funcionamento dos equipamentos e a própria ação dos profissionais de saúde e colaboradores.
“Limitamos o acesso dos utentes às nossas instalações, reduzimos o número de consultas presenciais diárias, adotamos o modelo da teleconsulta e investimos fortemente em medidas de segurança e higienização” – salienta.
As despesas tiveram impacto nas contas da associação que foi obrigada a refazer todos os seus planos económicos. “Felizmente, após aquele primeiro impacto de março de 2020, em que pouco ou nada sabíamos sobre o vírus, fomos retomando alguma normalidade e temos estado com uma dinâmica muito positiva que minimiza o esforço financeiro que continuamos a fazer” – evidencia o dirigente, lembrando que foram os próprios profissionais de saúde que pediram, após o primeiro confinamento, para regressar à atividade. A clínica da Associação Mutualista de Arcozelo tem visto o seu número de utentes aumentar de ano para ano e, mesmo com a pandemia, a linha de crescimento manteve-se. “Temos vindo a registar o regresso de muitos associados que até já tinham suspendido o pagamento da sua quota” – nota o presidente, salientando, aliás, que a associação está em processo de contratação de mais profissionais.
“O nosso papel começa onde termina o do Serviço Nacional de Saúde e aqui há um fosso enorme que as mutualidades podem e devem preencher” – diz José Miguel, destacando: “Não conseguimos competir com o SNS, nem deve ser esse o futuro do setor do privado, mas temos um papel preponderante naquilo a que o SNS não consegue responder”.
O presidente salienta ainda que estas respostas são a um valor muito interessante para o utente. Um seguro de saúde não fica por menos de 500 euros por ano e, por exemplo, na nossa mutualidade, a quota é de 42 euros e a nossa oferta é de qualidade igual, ou até superior, à do SNS e ainda conseguimos remunerar melhor os nossos profissionais de saúde quando comparado com outros grandes grupos privados de saúde, como CUF, Trofa ou Luz”.
Na perspetiva do presidente, o que falta mesmo é ser dada ao setor mutualista a possibilidade de integrar a valência de hospitalização na sua oferta de Saúde. “Com esta valência, se calhar, estaríamos em pé de igualdade e com preços bem mais vantajosos” – nota.
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